sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O pêndulo e seu uso mágico




O pêndulo nada mais é do que um objeto suspenso por um cordão, preso pelos dedos indicador e polegar e que, de acordo com a interpretação de suas oscilações, é possível se obter respostas determinadas. Movimentos circulares em sentido horário normalmente significam “SIM” e movimentos em sentido anti-horário “NÃO”.
Muitos objetos podem ser utilizados como pêndulos ou em conjunto com eles:

Peneiras (Crivomancia);
Bíblias (Bibliomancia);
Alianças ou anéis do consulente (Dactilomancia);
Pedras ou chaves (Clidomancia ou Cleifomancia).


Hoje temos varias opções, como os modernos e caros pêndulos de cristal, madeira ou metais ocos, mas o objetivo sempre é o mesmo e o modelo ou recurso utilizado pouco influi; o que influi mesmo e a capacidade da pessoa que o maneja, o radiestesista.
A limitação de respostas afirmativas ou negativas faz com que muitos desistam da Radiestesia e busquem outro tipo de oráculo. Um grande erro, pois a limitação não está nas respostas que o pêndulo dá e sim em quem o maneja. Assim como a Magia, a Radiestesia necessita de tempo, muito estudo e dedicação.
O pêndulo, em sua simplicidade, é tão útil que não existe área na qual ele não possa ser empregado. Com ele é possível detectar doenças, encontrar uma gama de objetos, animais e pessoas, descobrir a verdade, prever o futuro, desvendar o passado entre outros.
Na “Arte”, o pêndulo é o fiel companheiro do mago, sendo útil tanto no auxilio em substituições rituais ou mesmo como sanador de dúvidas ao escolher um novo membro para o Coven, além de responder perguntas bastante diretas sobre qualquer assunto.

Quem responde através do pêndulo?!


Isso é um mistério! Alguns acreditam que seja o “Fluido Universal”, já conhecido pelos gregos. Outros acreditam no poder extra-sensorial do indivíduo. Há ainda quem diga que “alguém” responde através do pêndulo. Esse “alguém” pode ser um ser desencarnado, um elemental, entidades que habitam planos vizinhos, etc. Os livros teóricos não dão explicações muito satisfatórias e cada qual é livre para tirar suas próprias conclusões.
Muitos autores desaconselham o uso de pêndulos comprados em lojas, por dizerem que objetos fabricados não possuem alma ou carga mágica e que o correto seria que o mago tivesse um pêndulo fabricado para ele ou mesmo o fabricasse. Mas convenhamos, fabricar um pêndulo pode ser uma tarefa um tanto quanto difícil, e acredito que quando compramos algo ele passa a fazer parte de nós, e um bom ritual de limpeza e consagração o tornará pessoal e com muito poder. Mais uma vez cabe a você decidir se prefere comprar um pêndulo ou fazê-lo.Só desaconselho o uso de alianças, pois elas já foram consagradas para um devido fim, exceto aquelas compradas "virgens". Atenção também com coisas de procedência misteriosa (ex: jóias antigas), pois podem ter sido consagradas para algum fim, não terem boas energias ou até mesmo serem habitadas.

Limpeza do Pêndulo

Fabricado para (ou por) você ou não, o pêndulo deve ser limpo antes de ser consagrado para depois ser utilizado, afinal deve ter um monte de energias grudadas nele...
Existe uma infinidade de rituais, alguns bastante simples, outros que exigem muitas coisas e são mais complexos, mas o importante é limpá-lo fisicamente e energeticamente.
Uma técnica simples para aqueles feitos em cristal é o mergulho em água salgada . Uma opção é usar um pano limpo, e de preferência exclusivo para isso, embebido com água salgada. Ou se preferir, use o mesmo método utilizado em limpeza de cristais que consiste em pôr o seu pêndulo em uma vasilha com água e sal (preferêncialmente sal grosso) e deixe descansar por um dia e uma noite na janela de seu quarto para ele tomar um banho de sol e um banho de lua. Entretanto, esteja atento ao material do seu pêndulo antes de realizar essa etapa.  Se for de metal, provavelmente enferrujará se ficar na água por muito tempo. Prefira deixá-lo em um recipiente vazio. Se for de madeira, é aconselhável enterrá-lo, preferencialmente em uma terra fértil, com plantas, como um vaso por exemplo. Depois disso, lave seu pêndulo em água corrente e o consagre.
Outras formas são a defumação com incenso, exposição à chuva ou água corrente. Se seu pêndulo for sensível aos elementos, como metal ou madeira, o uso do tecido umidificado é bem eficaz!


Consagração do pêndulo

É comum consagrarmos nossos objetos mágicos, e o pêndulo não foge à regra. A consagração além de deixá-lo ainda mais poderoso poderá impedir que diga mentiras ou mesmo seja habitado por forças indesejáveis.
Caso tenha um altar, crie um ritual específico para este fim, ou banhei-o sob a luz da Lua Cheia. Pode dizer palavras como essas:





"Em nome da deusa, eu consagro esse instrumento para uso mágico.
Que através dele se ergam os véus e me seja revelada a verdade.
Passado, presente, futuro...
Agora eu vejo tudo."


Aprendendo a utilizar seu pêndulo

Depois de limpo e consagrado está na hora de começar a treinar o seu pêndulo. Se bem que quem é treinado é VOCÊ a compreender a linguagem que lhe é transmitida. A primeira coisa que se deve fazer é estabelecer o que é o “SIM” e o “NÃO”, depois deve-se começar os treinos.
Existem exercícios simples que podem ser feitos (como encontrar objetos escondidos em uma sala). Vá aumentando a dificuldade dos exercícios até quando você sentir que seu pêndulo já está apto a responder suas perguntas com certeza.
É muito importante ter a mente vazia para não influenciar o pêndulo na hora em que for utilizá-lo. Exercícios de relaxamento e meditação são aconselhados antes da prática da Radiestesia.
Pode-se usar ferramentas complementares ao pêndulo, como o tarot por exemplo, mas em mãos habilidosas e mentes afiadas, o uso do pêndulo favorece grandemente seu usuário.

Mão passiva e mão dominante


Muitas pessoas têm duvidas a respeito de com qual mão devem manusear o pêndulo. O certo é utilizar sua mão dominante, que é a mão que você utiliza mais: a mão com a qual escrevemos. No caso de Ambidestros, use a que você tem menos dificuldade ou aquela que você escreve melhor.
A mão passiva é a outra, e ela é usada como receptora de energia.

Movimentos do pêndulo:


Você já deve ter notado que o pêndulo faz outros movimentos além dos circulares. Segue agora uma pequena descrição e possíveis interpretações desses movimentos.
Reto, vertical: separação, desarmonia, falta de sintonia;
Reto, horizontal: ligação, harmonia, sintonia;
Oscilações com vários sentidos: pergunta mal formulada;
Parado: falta de sintonia. Tente perguntar em outro lugar, o pêndulo pode ainda não estar bem treinado ou em duvida. O pêndulo sempre fala a verdade. Cabe a você estar preparado para "ouvi-la" e interpreta-la.


Faça perguntas claras e objetivas respeitando o “SIM” e o “NÃO”. No começo talvez ele não reaja como o esperado, mas não desista. Com sabedoria e paciência, o pêndulo será seu aliado para todas as horas. Treino é tudo.
O número de perguntas a se fazer ao pêndulo é ilimitado, mas recomenda-se sabedoria nestas horas. Perguntar coisas óbvias é perda de tempo para agir sobre o problema. Peça ajuda somente quando precisar. Lembre-se que prever o futuro com o pêndulo é relativamente fácil. Difícil é saber realmente o que fazer com esta informação e saber que ela possui um prazo de validade. Pois o futuro não é imutável.
























Deusa Ísis


Ísis (em egípcio: Auset) foi uma deusa da mitologia egípcia, cuja adoração se estendeu por todas as partes do mundo greco-romano. Foi cultuada como modelo da mãe e da esposa ideais, protetora da natureza e da magia. Era a amiga dos escravos, pescadores, artesãos, oprimidos, assim como a que escutava as preces dos opulentos, das donzelas, aristocratas e governantes. Ísis é a deusa da maternidade e da fertilidade.
        Os primeiros registros escritos acerca de sua adoração surgem pouco depois de 2500 a.C., durante a V dinastia egípcia. A deusa Ísis, mãe de Horus, foi a primeira filha de Geb, o deus da Terra, e de Nut, a deusa do Firmamento, e nasceu no quarto dia intercalar. Durante algum tempo Ísis e Hator ostentaram a mesma cobertura para a cabeça. Em mitos posteriores sobre Ísis, ela teve um irmão, Osíris, que veio a tornar-se seu marido, tendo se afirmado que ela havia concebido Horus. Ísis contribuiu para a ressurreição de Osiris quando ele foi assassinado por Seth. As suas habilidades mágicas devolveram a vida a Osíris após ela ter reunido as diferentes partes do corpo dele que tinham sido despedaçadas e espalhadas sobre a Terra por Seth. Este mito veio a tornar-se muito importante nas crenças religiosas egípcias.

       Ísis também foi conhecida como a deusa da simplicidade, protetora dos mortos e deusa das crianças de quem "todos os começos" surgiram, e foi a Senhora dos eventos mágicos e da natureza. Em mitos posteriores, os antigos egípcios acreditaram que as cheias anuais do rio Nilo ocorriam por causa das suas lágrimas de tristeza pela morte de seu marido, Osíris. Esse evento, da morte de Osíris e seu renascimento, foi revivido anualmente em rituais. Consequentemente, a adoração a Ísis estendeu-se a todas as partes do mundo greco-romano, perdurando até à supressão do paganismo na Era Cristã.
         Na arte, Ísis foi originalmente retratada como uma mulher com um vestido longo e coroada com o hieróglifo que significava "trono". Por vezes foi descrita como portadora de um lótus ("Nymphaea caerulea"), ou como um sicômoro ("Ficus sycomorus"). A faraó, Hatshepsut, foi retratada em seu túmulo sendo amamentada por um sicômoro que tinha um seio.
        Após ter assimilado muitos dos papéis da deusa Hathor, a cobertura de cabeça de Ísis passa a ser a de Hathor: os cornos de uma vaca, com o disco solar inscrito entre eles. Às vezes, também foi representada como uma vaca, ou uma cabeça de vaca. Normalmente, porém, era retratada com o seu filho pequeno, Hórus (o faraó), com uma coroa e um abutre. Ocasionalmente, foi representada ou como um abutre pairando sobre o corpo de Osíris, ou com o Osíris morto em seu colo enquanto por artes mágicas o trazia de volta à vida.Na maioria das vezes Ísis é retratada segurando apenas o símbolo Ankh com um pequeno grupo de acompanhantes, mas no período final de sua história, as imagens mostram-na, por vezes, com itens geralmente associados apenas a Hathor: o sistro sagrado e o colar símbolo de fertilidade "menat". No "The Book of Coming Forth By Day" Ísis está representada de pé sobre a proa da Barca Solar, com os braços estendidos.A estrela "Sept" (Sirius) está associada a Ísis. O surgimento dela no firmamento significava o advento de um novo ano, e Ísis foi igualmente considerada a deusa do renascimento e da reencarnação, e como protetora dos mortos. O Livro dos Mortos descreve um ritual especial, para proteger os mortos, que permitia viajar em qualquer parte do mundo subterrâneo. A maior parte dos títulos de Ísis tem relação com o seu papel de deusa protetora dos mortos.
           No Império Antigo, da III à VI dinastia egípcia, entre 2686 a.C. e 2134 a.C., os panteões das cidades egípcias variaram de região para região. Durante a V dinastia, Ísis pertenceu à Enéade da cidade de Heliópolis. Acreditava-se então que ela era filha de Nut e Geb, e irmã de Osíris, Néftis e Seth. As duas irmãs, Ísis e Néftis, muitas vezes eram representadas nos sarcófagos com grandes asas esticadas, como protetoras contra a maldade. Como deidade funerária, Ísis foi associada a Osíris, senhor do submundo (Duat), e foi considerada sua esposa.
        A mitologia tardia (ultimamente em resultado da substituição de um outro deus do submundo, Anúbis, quando o culto de Osíris ganhou mais importância) fala-nos do nascimento de Anúbis. A narrativa descreve que, como Seth negava um filho a Néftis, esta então disfarçou-se como Ísis, muito mais atraente, para seduzi-lo. O plano falhou, mas Osíris passou a achar Néftis muito atraente, pensando que ela era Ísis. Eles copularam, o que resultou no "nascimento" de Anúbis. Em outra narrativa, Néftis deliberadamente assumiu a forma de Ísis, a fim de enganar Osíris e assim obter dele a paternidade de seu filho. Com medo das represálias de Seth, Néftis persuadiu Ísis a adotar Anubis, de modo a que a criança não viesse a ser descoberta e morta. Essa narrativa explica tanto porque Anúbis é visto como uma divindade do submundo (uma vez que se torna filho de Osíris), quanto porque não poderia herdar a posição de Osíris (uma vez que não era um herdeiro legítimo), preservando posição de Osíris como Senhor do submundo. Deve ser lembrado, no entanto, que este novo mito foi apenas uma criação posterior do culto de Osíris que queria retratar Seth em um papel de maldade, como inimigo de Osíris.
             Em outro mito de Osíris, Seth preparou um banquete para Osíris apresentando uma bela caixa e declarando que, quem coubesse perfeitamente nela, poderia ficar com ela como um presente. Ora, Seth havia medido Osíris enquanto este dormia, certificando-se assim que este era o único a caber perfeitamente na caixa. Após vários dos presentes terem tentado encaixar-se nela, chegou a vez de Osíris, que a preencheu perfeitamente. Seth então fechou a tampa da caixa, transformando-a num caixão para Osíris. Em seguida, Seth afundou a caixa fechada com Osíris nas águas do rio Nilo, que a levaram para muito longe. Assim que soube do ocorrido, Ísis foi procurar a caixa, para Osíris pudesse ter um enterro apropriado. Foi encontrá-la na longínqua Biblos, cidade na costa da Fenícia, e trouxe-a de volta ao Egito, ocultando-a em um pântano. Entretanto, naquela noite Seth foi à caça, vindo a encontrar a caixa oculta. Enfurecido, Seth retalhou o corpo de Osíris em catorze pedaços, e os espalhou por todo o Egito, para se certificar de Ísis jamais poderia encontrá-los e dar assim um enterro adequado a Osíris. Ísis e Néftis, sua irmã, dedicaram-se então à busca dos pedaços, tendo conseguido encontrar apenas treze. Um peixe havia engolido o último, o pênis, que Ísis refez utilizando magia. Desse modo, com todas as partes reunidas do corpo morto de Osíris, ela pode conceber Hórus. O número de partes do corpo de Osíris é descrito de forma variável nas paredes de diversos templos, entre catorze e dezesseis e, ocasionalmente, em quarenta e duas, uma para cada nomo ou distrito.

           Através da fusão de seus atributos com os de Hathor, Ísis tornou-se a mãe de Hórus, mais do que sua esposa, e isto, quando as crenças acerca de Ra absorveram Atum em Atum-Ra, sendo ainda necessário ter-se em conta que Ísis integrou a Enéade, como a esposa de Osíris. É necessário explicar, entretanto, como é que Osíris que (como Senhor da Morte) estava morto, pode ser considerado pai de Hórus, que não era considerado morto. Este conflito nas narrativas conduziu à evolução da ideia de que Osíris necessitava de ser ressuscitado e posteriormente, à versão da Lenda de Osíris e Ísis de que o grego Plutarco, no século I, em "De Iside et Osiride", nos deixou a versão mais extensa atualmente conhecida.
           Um outro conjunto de mitos tardios detalha as aventuras de Ísis após o nascimento do filho póstumo de Osíris, Hórus. Foi dito que Ísis deu à luz Hórua e Khemmis, pensa-se, no delta do rio Nilo. Muitos perigos surgiram para Hórus após o seu nascimento e Ísis navegou com o pequeno Hórus para escapar da ira de Seth, o assassino de seu esposo. Em um instante, Ísis curou Hórus de uma picada mortal de escorpião, além de outros milagres com relação ao cippi, as placas de Hórus. Ísis protegeu e promoveu Hórus até que estivesse suficientemente grande e forte para encarar Seth e tornar-se, subsequentemente, faraó do Egito.
        De modo a ressuscitar Osíris com o fim de gerar um filho, Hórus, era necessário a Ísis "aprender" magia (que por muito tempo havia sido um atributo seu, antes do surgimento do culto a Ra), e então passou a afirmar-se que Ísis enganou Ra (Amon-Ra ou Atum-Ra), fazendo com que este fosse picado por uma serpente egípcia - para o que apenas ela possuía a cura -, para que este lhe dissesse o seu nome "secreto". Os nomes das divindades eram secretos, de domínio apenas dos altos líderes religiosos, uma vez que esse conhecimento permitia invocar o poder da divindade. Que ele fosse usar o seu nome "secreto" para "sobreviver" implica que a serpente tivesse que ser uma divindade mais poderosa do que Ra. Ora, a mais antiga divindade conhecida no Egito foi Uadjit, a cobra egípcia, cujo culto nunca foi suplantado na antiga religião egípcia. Como uma divindade da mesma região, teria sido um recurso benevolente para Ísis. O uso dos nomes secretos tornou-se um elemento central nas práticas mágicas egípcias do período tardio, e Ísis é invocada muitas vezes para que use "o verdadeiro nome de Rá" durante os rituais. Ao final do período histórico do antigo Egito, após a sua ocupação pelos gregos e pelos romanos, Ísis tornou-se a mais importante e poderosa divindade do panteão egípcio por causa de suas habilidades mágicas. A magia é um elemento central em toda a mitologia de Ísis, possivelmente mais do que para qualquer outra divindade egípcia.

         Após a conquista do Egito por Alexandre o Grande o culto de Ísis difundiu-se através do mundo greco-romano. No período helenístico Ísis adquiriu uma nova posição como deusa dominante no mundo mediterrânico.
Cleópatra vestia-se como Ísis quando aparecia em público, e era chamada de Nova Ísis.
Em Roma, Tácito registrou que após o assassinato de Júlio César, foi decretada a construção de um templo em honra de Ísis; Augusto suspendeu esta construção, e tentou trazer os Romanos de volta às antigas divindades, que eram estreitamente associadas à figura do Estado. Eventualmente o imperador Calígula abandonou os cuidados de Augusto em favor do que foi descrito como "cultos orientais", e foi em seu reinado que o festival de Ísis foi estabelecido em Roma. De acordo com Flávio Josefo, Calígula vestiu-se como uma mulher e tomou parte nos mistérios que instituiu.

Paralelos com a Virgem Maria


Alguns eruditos traçam paralelos entre a adoração de Ísis na época final do Império Romano e a adoração à Virgem Maria cristã. Quando o cristianismo começou a ganhar popularidade, difundindo-se na Europa e em todas as partes do Império, os primitivos cristãos converteram um relicário da Ísis egípcia em um para Maria e de outros modos "deliberadamente tomaram imagens do mundo pagão".
Embora a Virgem Maria não seja idolatrada pelos cristãos (é venerada tanto pelos Católicos quanto pelos Ortodoxos), o seu papel, como figura de mãe compassiva, tem paralelos com a figura de Ísis. O historiador Will Durant observou que "os primitivos Cristãos por vezes fizeram os seus cultos diante de estátuas de Ísis amamentando o filho Hórus, vendo nelas uma outra forma do nobre a antigo mito pelo qual a mulher (isto é, o princípio feminino) é a criadora de todas as coisas, tornando-se por fim, a "Mãe de Deus"". Hórus, sob este aspecto infantil, foi denominado Harpócrates pelos antigos Gregos.

sábado, 17 de novembro de 2012

Talismã para combater a melancolia e a tristeza

Se você fica triste por qualquer motivo, renove seu estado de espírito com a seguinte magia:

Você vai precisar de:

* 1 pedaço de tecido de algodão branco
* 1 punhado de bétula seca
* uma fita branca para amarrar

Como fazer:

Faça um saquinho com o tecido e encha-o com a bétula seca, amarrando-o firmemente na boca, enquanto repete o seguinte encantamento:

"Vai, bétula, vai, minha amiga,
Leve embora toda a minha tristeza.
 Que cada folha seja uma formiga
enchendo meu celeiro de alegria e beleza."

Guarde o seu talismã com muito carinho em um lugar secreto, longe dos olhares alheios. Nunca permita que outra pessoa o toque.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Feitiço para acabar com o medo

 Para aprender a lidar com os medos e enfrentar com coragem a realidade que nos cerca não existe feitiço melhor do que este.

Você vai precisar de:

* 1 vela dourada
* óleo de verbena
* papel branco
* fita branca

Como fazer:

Unte a vela dourada com óleo de verbena. Escreva no papel branco todos os medos dos quais você quer se livrar; depois, dobre o papel e amarre com a fita branca, dando sete nós.
Acenda a vela e queime o papel, dizendo o seguinte encantamento:

"O fantasma do meu medo foi embora
e nunca mais vai me incomodar
com o poder da minha mente
eu o impeço de voltar.
Com a mente, com o fogo
e também o coração,
o medo vira coragem
e o desejo vira ação."

Queime o papel completamente, fazendo desaparecer todas as letras; pegue as cinzas que restaram e, em um lugar com plantas (um parque, jardim, etc), sopre-as sete vezes. Nada deve restar.

Sortilégio para acabar com a ansiedade

Irmã da impaciência e prima da preocupação, a ansiedade, muitas vezes, traz consigo a insegurança e a indecisão. Para se livrar de todas elas, você precisa fortalecer sua sabedoria, para ver claramente os caminhos e poder escolher com confiança, certo de que existe um tempo a ser vencido - um tempo entre você e seu objetivo - e de que, apesar dele, mais dia, menos dia, você vencerá todas as batalhas, porque está protegido e possui força, coragem e determinação.

Você vai precisar de:

* 1 vela amarela
* incenso de calêndula

Como fazer:

Pouco antes de se deitar, acenda a vela e o incenso. Olhando para o fogo da vela, respire fundo o perfume do incenso. Imagine que tudo está ficando amarelo à sua volta: a fumaça, a energia da calêndula, os móveis, o ar, você. Deixe que seus pensamentos da vida normal adormeçam, para que a sabedoria desperte em seu interior. Relaxe.
  Agora, concentre-se no problema propriamente dito e  tente buscar as primeiras soluções (ou se livrar dele, quando for apenas ansiedade, por exemplo). Pense sempre de um jeito positivo, substituindo a palavra "não" por expressões do tipo "Quero parar de fazer tal coisa" ou "Quero deixar de ser de determinado jeito." Se preferir, apenas peça ao Universo que lhe envie uma mensagem, sugerindo o que pode ser feito.
  Quando o incenso acabar, jogue as cinzas ao vento, enquanto repete o seguinte encantamento:

"Pensamentos incertos que ocupavam minha mente
Que para bem longe o vento os possa levar.
Agora, vocês são apenas frágeis cinzas.
E sozinhos é impossível que para mim possam retornar."

Deixe a vela queimar até o fim, de preferência ao seu lado, na cabeceira da cama, por exemplo - com todo o cuidado, claro! Deitada, olhe para a cama, visualize seus problemas indo embora e repita até adormecer:

"Que o amanhecer possa
de sabedoria, minha mente iluminar
trazendo uma resposta
já que aqui a ansiedade não pode ficar."

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O caldeirão da bruxa

Instrumento característico da magia, o caldeirão possui uma simbologia que vai muito além de sua função propriamente, na medida em nele se processam as grandes transformações. Por essas e outras razões, ele está intimamente ligado ao mais nobre atributo feminino, a gestação, simbolizando assim, o útero da Grande Deusa.
 A prática da magia requer diversos instrumentos, tais como a varinha, a vassoura, o cálice, o grimório, o Livro das Sombras e o caldeirão, entre outros. De todos esses instrumentos, um dos mais significativos é o caldeirão, na medida em que sua imagem e simbologia praticamente se confundem com as bruxas e com a própria história da bruxaria. A figura do caldeirão da bruxa é uma das mais presentes no imaginário popular, tendo sido associado pelos destratores medievais da bruxaria como algo mau, que serviria até para cozinhar pessoas, o que de modo algum é verdadeiro, pelo contrário, quem cozinhava as pessoas  eram os inquisidores, que queimaram nas fogueiras milhares de mulheres que detinham o conhecimento e sabedoria ancestral.
  O caldeirão é o instrumento da bruxa por excelência. Recipiente original de uso culinário, ele guarda mistérios e tal qual o seu uso na cozinha, onde processa a transformação de alimentos em sopas e cozidos, ele também serve para transformar, no plano da magia, os anseios e desejos, ao servir para confeccionar poções e outros produtos mágicos.
  O caldeirão tem uma simbologia especial, o seu formato e função o ligam à representação mais significativa da Deusa Mãe, ou seja, o seu útero, o local da grande transformação e criação da vida, portanto o simbolo maior do sagrado feminino.
  É no caldeirão que a bruxa prepara seus feitiços e poções, além de servir para acender o fogo em alguns rituais quando não é possível acender uma fogueira ao ar livre.
  Suas funções, desse modo, são amplas e por sua representação simbólica, ele pode ser considerado o mais significativo instrumento da prática mágica. Em geral, o caldeirão é um pequeno pote escuro de ferro fundido, utilizado pelas bruxas para vários propósitos, como ferver poções, queimar incenso e guardar carvão, flores, ervas ou outros elementos mágicos. O caldeirão pode ser usado também como instrumento de adivinhação. Muitas bruxas costumam encher seus caldeirões com água na noite de Samhain, utilizando-os como espelhos mágicos para olhar o futuro ou passado, além de abrir uma porta de comunicação com os antepassados.
  Tradicionalmente, ele possui três pés que representam os três aspectos da deusa: a donzela, a mãe e a anciã, que simbolizam as três etapas da vida, a juventude, a maturidade e a velhice. É no caldeirão que se realiza a grande alquimia universal, pois nele as coisas se transformam tal qual ocorre no útero feminino: o grão se torna alimento, a raiz se torna remédio e elementos mágicos se tornam meios para a obtenção de dádivas e realizações.
Ao fazer uso do caldeirão, a bruxa deve estar ciente de sua simbologia sagrada e do poder que ele encarna. O caldeirão está relacionado ao elemento água e nos rituais ele deve ficar no centro do círculo mágico ou do altar.
  Fazer uso do caldeirão é uma dádiva. A mente deve estar limpa e purificada, na medida em que o caldeirão é o elo instrumental simbólico mais representativo de nossa ligação com a Grande Deusa: a Mãe Terra.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Tabela de Horários planetários


Imagem de darksouls1 por Pixabay


O significado de cada horário:


Cada astro influencia de maneira diferente na magia das poções, por isso é importante conhecer as áreas em que cada planeta interfere. Veja:


Sol - Influencia em magias ligadas ao brilho pessoal, fama, fortuna, prosperidade, luz e banimento das trevas, etc.

Lua- Influencia tudo o que diz respeito à magia, mistério, ocultismo, viagens, ondinas, sonhos, mudanças, vidência, sentimentos e etc.

Marte - Influencia sobra assuntos ligados a lutas judiciais, contra uma doença, uma entidade; batalhas e conquistas, coragem, iniciativa, ousadia, ânimo.

Mercúrio - Influi em magias que beneficiam a mente, que envolvam a intelectualidade, estudos, projetos, dinamismo, criatividade, coisas escritas.

JúpiterInfluencia sobre assuntos financeiros, negócios, prosperidade, abundância, crescimento, dinheiro, fertilidade.

Vênus Possui forte influência sobre assuntos amorosos, uniões, casamento, afeição, carinho, sensualidade, sexualidade, procriação, fertilidade.

Saturno - Interfere em coisas que tenham natureza durável, coisas fixas, casas, terrenos. Saturno também é conhecido por influir fortemente em magia negra e sexo.

O filtro dos sonhos



Conhecido como Dreamcatcher (apanhador de sonhos). Aqui no Brasil é chamado de filtro dos sonhos ou coletor dos sonhos. Trata-se de um instrumento de poder para assegurar bons sonhos para aqueles que dormem debaixo dele, e também para trazer visões.
 Geralmente são colocados onde a luz bate pela manhã, em frente à janela. Os nativos nos ensinam que os sonhos passam pelo furo no centro e os pesadelos ficam presos na teia e dissipam com a luz do amanhecer. Você pode colocar o seu filtro dos sonhos no quarto, escritório ou até mesmo no berço ou carrinho  do bebê. Segundo os nativos, os bebês, ao verem a pena balançar com o vento, se entretêm e aprendem a importância do ar.
Coloque seu filtro de forma ritualística. Isso é o que diferencia um adorno de um instrumento de poder. Purifique antes o ambiente, o próprio filtro, e coloque sua intenção. Faça sua própria cerimônia. Peça proteção para o seu lar, sua família e seus pensamentos.

Simbolismo


O círculo é o símbolo do sol, do céu e da eternidade.  No simbolismo ancestral o círculo é o símbolo do espaço infinito, sem começo e sem fim. Qualquer que seja a representação simbólica  em qualquer cultura, um círculo de poder serve como um espelho, onde podemos ver o reflexo do Universo.

Os fios da teia, que são ligados ao círculo, podem ser tecidos em 7 pontos (7 profecias), 8 pontos (8 pernas da aranha= oito direções sagradas), 13 pontos (13 luas), variando de acordo com cada tradição e intenção.

Pode ser colocada uma pena no centro, simbolizando a respiração, o elemento ar, e em alguns são colocados uma pedra/cristal. Tudo o que é colocado possui um significado. O centro da teia. Corresponde ao Grande Mistério, o Criador, a força que abrange o universo inteiro.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Anéis dos desejos de Halloween

Alguns dias antes do halloween (dia 31 de outubro), faça três anéis com palha ou feno trançado e pendure-o em árvores ou arbustos fora de sua casa. Quando estiver pendurando os anéis, faça um desejo para cada um. Entre em casa e até o dia de halloween não olhe para os anéis. Passada a data, guarde-os com você ou deixe-os num jardim florido.

A ceia dos mudos


A ceia dos mudos é um costume para honrar os espíritos da terra, tais como ancestrais, divindades, fadas e outros elementais.
Primeiro encha um prato com alimentos que deverão ser servidos posteriormente para todos os convidados da festa. Junte ao prato um copo com guaraná ou mel com água. Tanto o prato como o copo devem ser colocados após o pôr-do-sol do lado de fora da porta de entrada da casa. Se for apartamento, podem ser colocados na área de serviço ou na cozinha. Três velas vermelhas devem ser dispostas em torno do prato e do copo, acesas e deixadas ali para queimar durante a noite toda. Qualquer bebida ou comida que sobrar pela manhã devem ser enterradas na terra e oferecidas à Deusa. As sobras podem ser também colocadas dentro de um vaso de folhagem ou flor.


O canto de bênçãos (deve ser recitado no início de qualquer ritual)


"Que os poderes do único,
a fonte de toda a criação;
onipresente, onipotente, eterno;
Que a deusa,
a Dama da lua;
e o deus,
caçador chifrudo do sol;
que os poderes dos espíritos das pedras,
regentes dos reinos elementais;
que os poderes das estrelas acima e da terra abaixo,
abençoem este lugar, e este tempo, e a mim que convosco estou."

Abençoando o vinho (no final do ritual e início do banquete)


Erga ao céu uma taça de vinho ou outro líquido entre suas mãos e diga:


"Graciosa deusa da abundância,
abençoe este vinho e imbua-o com seu amor.
Em seus nomes, Deusa Mãe e deus pai,
eu consagro estes bolos (ou pães).

Rituais do Samhain


Faça uma limpeza de sua casa, ritual que deve ser realizado na sexta-feira anterior ao halloween.

Você vai precisar de:

* carvão comum para queimar;
* folhas de arruda;
* cascas de alhos
* folhas de louro
* alecrim

Como fazer:

Acenda o carvão até que fique vermelho vivo. Você pode colocá-lo dentro de um caldeirão de ferro ou uma travessa de barro. Quando o carvão estiver em brasa, é hora de iniciar o ritual. Coloque sobre o fogo, primeiro as cascas de alho (para afastar a inveja e o ciúmes). Em seguida, acrescente: a arruda (para retirar todas as energias negativas), o alecrim (para a saúde física, mental e espiritual), o louro (para atrair a concretização de seus pedidos). Com o caldeirão na mão, ou travessa bem protegida, para evitar qualquer desastre, percorra toda sua casa, deixando que a fumaça penetre em cada cômodo. Peça, então, que as forças da natureza (elementais) a ajudem e assistam a limpeza de seu lar, afastando qualquer força negativa que esteja alterando a paz e o equilíbrio de sua casa. No dia seguinte, enterre todo o carvão, que agora só restam cinzas.


Na sexta-feira que antecede ao halloween também pode se iniciar um ritual de convocação das fadas e duendes, agindo da seguinte forma:
Deixe na janela (se for apartamento) ou no pátio de sua casa, maçãs vermelhas e verdes, sempre em número ímpar. Nas janelas, coloque também ramos de louro para proteção. Após o dia 2 de novembro retire as oferendas, agradecendo a proteção e a energia positiva para todo o ano.


Veja também:

A ceia dos mudos (ceia dos mortos)
Anéis dos desejos de Halloween
O Sabbath
Samhain - as origens do Halloween

O Sabbath de Halloween


Samhain ( pronuncia-se "Souen") na Roda do ano marca o início da estação da estação da morte, o inverno. A deusa da agricultura cede o seu poder à Terra ao deus cornífero da caça. Os férteis campos do verão cedm lugar às florestas nuas.
 É celebrado no dia 31 de outubro no hemisfério norte e 30 de abril no hemisfério sul. Essa existência existe porque as estações são invertidas de um hemisfério para o outro. Essa data marca o início e o fim do calendário celta ( ano novo). É o sabbath que nos traz os ventos gelados do sul, indicando-nos o caminho da introspecção, época em que a natureza começa a se recolher devido aos rigores climáticos. As sociedades pagãs euroupeias celebravam nessa época, o nascimento da Criança Prometida, ou o deus solar, filho da deusa tríplice, que nascia nessa longa noite simbolizando que no auge da escuridão renascia a semente da luz, que passaria a crescer até que o verão chegasse novamente. A mitologia também dizia que esse deus era filho dele mesmo - um mistério - e que ele seria sacrificado e seu corpo ceifado seria o pão que alimentaria os homens para lhes dar vida.
  A Criança da promessa, o deus solar que cresceria para ser sacrificado em prol de todos, foi chamado Mitra,Cernnunos, Dionísio e outros, dependendo dos povos que descreveram seu mito.
 Este é o mais importante de todos os sabbaths, pois dentro do circulo, marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram, porém as bruxas não fazem rituais para receber mensagens dos mortos e, muito menos, para incorporar espíritos.
 O sentido do halloween é apenas nos sintonizarmos com os que já partiram para lhes enviar mensagens de amor e harmonia.
A noite do Samhain é uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces. A cor do sabbath é o negro, sendo o altar adornado com maçã, o símbolo da vida eterna. O vinho é substituído pela sidra ou pelo suco de maçã. Devemos fazer muitas brincadeiras com dança e música. Os nomes das pessoas que já se foram são queimados no caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza. No altar e nos quadrantes não devem faltar as tradicionais máscaras de abóboras com velas dentro. Antigamente, as pessoas colocavam essas abóboras na janela para espantar os maus espíritos e os duendes que vagavam pela noite do samhain.






comemorando o Samhain

Deposite sobre o altar maçãs, romãs, abóboras e outros frutos típicos do outono. Flores outonais como madressilva e crisântemos também são indicados. Escreva num pedaço de papel um aspecto de sua vida do qual deseja se livrar, como um sentimento negativo, um hábito ruim ou doenças. O caldeirão deve estar presente no altar. Um pequeno prato com o símbolo da roda de oito aros também tem que estar presente.
Antes do ritual, sente-se em silêncio e pense nos amigos e pessoas amadas que não estão mais entre nós, Não se desespere. Saiba que partiram para coisas melhores. Tenha em mente que o plano físico não é a realidade absoluta, e que a alma jamais morre. Prepare o altar, acenda as velas e o incenso, crie o círculo. Invoque a deusa e o deus. Erga uma das romãs e, com sua recém-lavada faca de cabo branco, perfure a casca da fruta. Remova diversas sementes e coloque-as no prato com o desenho da roda. Erga seu bastão ou varinha, volte-se para o altar e diga:

"Nesta noite de samhain assinalo sua passagem. Ó, rei sol, através do do poente rumo à terra da juventude. Assinalo também a passagem de todos que já partiram, e dos que irão posteriormente. Ó, graciosa deusa, eterna mãe, que dá luz aos caídos, ensina-me a saber que nos momentos de maior escuridão surge a mais intensa luz."

Prove as sementes de romã; parta-as com seus dentes e saborei seu gosto agridoce. Olhe para o símbolo de oito aros no prato; a roda do ano; o ciclo das estações; o fim e o início de toda criação.
Acenda um fogo dentro do caldeirão, pode ser uma vela. Sente-se diante dele, segurando o papel, observando suas chamas. Diga:

"Ó sábia lua, deusa da noite estrelada, criei esse fogo dentro de seu caldeirão para transformar o que vem me atormentando. Que as energias se revertam: Das trevas, luz! Do mal, o bem! Da morte, o nascimento!"

Atei fogo ao papel com as chamas do caldeirão e jogue-o em seu interior. Enquanto queima, saiba que o mal diminui, reduzindo-se e finalmente o abandonando ao ser consumido pelos fogos universais. Se quiser pode se utilizar de métodos para adivinhar o futuro e ver o passado. Tente regressar em vidas passadas se quiser. Mas deixe os mortos em paz. Honre-os com suas memórias, mas não os chame até você. Libere quaisquer dores e sentimentos de perda que possa sentir nas chamas do caldeirão. Trabalhos de magia se necessários, podem ser feitos.Celebre o banquete simples. O circulo está desfeito.


Ervas típicas:


* Maçãs, verbena, abóboras, sálvia, palha, crisântemo, absinto,pera, avelã, romã, grãos, castanhas e milho.

Comidas típicas:


beterrabas,nabos,milho,castanhas,gengibre,cidra,vinho quente e pratos com abóboras e carne.  


A Roda de oito aros

Samhain - As origens do halloween

Samhain é um feriado tradicional celta, que significa, literalmente, "fim do verão". Os celtas dividiam o ano em duas estações, representando a luz e a escuridão e recebiam o primeiro dia de cada estação com uma festa: em 1 de maio, o Beltane; e em 1 de novembro, o Samhain, que era a festa mais importante, porque também marcava um novo começo, o ano novo para os celtas. Ele também simbolizava a união ou comunhão entre as pessoas.
No princípio, fogueiras eram acesas dentro das vilas e os moradores apagavam toda e qualquer outra fonte de fogo. Neste momento tochas eram levadas para cada casa, compartilhando o fogo, criando um elo entre todas as famílias do local.
Samhain se tornou um momento de reflexão para os celtas, e um momento para homenagear os mortos. Esta época do ano significava o final da colheita, um tempo de recolhimento e de preparação para o inverno. Muitas vezes, o inverno era considerado uma época de fome. Muitos não sobreviviam aos longos meses de escassez pela frente. Samahain era uma forma de homenagear aqueles que morreriam ou morreram, uma celebração do espírito.
Acreditava-se que o "véu" entre o mundo dos vivos e do mundo dos mortos ficava mais fino na véspera do Samhain. Nesta data, os mortos poderiam retornar durante a noite a um dos lugares onde viveram, e alimentação e entretenimento eram providenciados em sua homenagem. Simbolizando uma vila em harmonia com o seu passado, presente e futuro.
Também era parte da tradição acender uma vela em uma única janela das casas, para iluminar o caminho dos antepassados para encontrar o caminho de casa. Também eram comum as ofertas de alimentos deixados nas portas e, com o tempo se transformaram nas famosas distribuições de doces.
Muitos anos depois foram os romanos que acrescentaram à sua "festa dos mortos" a celebração de Samhain. Os cristãos, na época de Constantino, em uma tentativa de neutralizar a comemoração pagã, a transformaram na comemoração do "Dia de todos os santos" em 1 de novembro, e renomearam o dia 31 de outubro que passou a ser chamado de "All Hallow's Eve", algum tempo depois Halloween. Para eles, o "Dia de todos os santos" celebra os espíritos no céu e no purgatório.
  Na religião Wicca, o Samhain é também um dos oito Sabbaths. Um momento de celebrar o passado e o futuro.
  Embora a comemoração tenha mudado ao longo dos anos, continua a ser clara sua intenção - é uma celebração do novo que está por vir. É um feriado que comemora a união de uma comunidade.



domingo, 7 de outubro de 2012

Poção mágica de Morgana


Crida por essa grande feitiçeira da Corte do rei Arthur, esta poção faz maravilhas na proteção do seu amor e do seu amado contra todos os perigos e pode ser repetida uma vez por ano, de preferência na data de aniversário de namoro.

Ingredientes necessários:

* Vinho ou suco de uva
* uma vela da cor que você quiser
* 3 pétalas de rosa da mesma cor da vela
* 3 gotas de orvalho
* canela em pó
* 1 incenso

Modo de fazer:

Numa noite de Lu a cheia, acenda o incenso e a vela. Pegue um cálice e coloque o vinho, acrescentando todos os outros ingredientes com carinho e respeito, enquanto repete o seguinte encantamento:

"Plantas da terra, velem pelo meu amor.
Perfume das flores, velem pelo meu amor.
Estrelas do céu, velem pelo meu amor.
Fogo do sol, vele pelo meu amor.
Água dos mares, vele pelo meu amor.
Lua cor de prata, vele pelo meu amor."

Ofereça para seu amor beber, mas pergunte antes se ele aceita tomar a poção, pois somente assim esta fará efeito. Lembre-se sempre da Primeira lei da bruxa sábia: "Nunca faça nada contra a vontade do outro."

Espelho de Afrodite


Você vai precisar de:

* Várias conchinhas, se possível recolhidas na praia por você mesma.
* cola
* água de rosas
* 1 espelho
* 1 vela lilás
* 1 incenso

Como fazer:

Numa noite de Lua cheia, acenda a vela e o incenso. Pegue o espelho, de preferência oval e com cabo, e lave-o com água de rosas, deixando-o secar naturalmente à luz da lua. Em seguida, cole as conchinhas em torno dele e deixe secar à luz da lua também. Enquanto trabalha, vá repetindo o seguinte encantamento:

"Carne, mármore, flor,
Em ti, eu creio,
Vênus, deusa do amor."

Use esse espelho sempre que estiver se arrumando para sair, pensando em uma nova conquista, e repita o encantamento.

Feitiço de amor


Esta magia é excepcionalemente poderosa para se conquistar alguém em especial, mas deve ser feita sempre com boas inteções.

Ingredientes necessários:

* 1 corda
* 7 velas da mesma cor ( a escolher)
* 7 rosas vermelhas
* 1 cálice com mel
* 1 fio de cabelo da pessoa amada
* 1 maçã
* 1 fita da mesma cor das velas

Modo de fazer:

Numa noite de sexta-feira de Lua cheia, pegue a corda e nela dê 7 nós, sendo que o último deverá servir para unir as duas pontas. Para cada nó, repita o Encantamento de Afrodite ( no fim do post).
Coloque a corda encantada no chão, em forma de círculo, e posicione as 7 velas no interior do círculo, sendo que cada vela deve corresponder a um nó na corda. Todas as velas deverão ser da mesma cor. Escolha segundo a sua necessidade:

* Velas cor-de-rosa: se você ama a pessoa;
* Velas vermelhas: Se você está apaixonado pela pessoa;
* Velas verdes: Se você quer que a pessoa volte pra você;

Espalhe as rosas vermelhas pelo interior do círculo e dentro dele coloque o cálice com mel, sendo que no mel você deve colocar o fio de cabelo da pessoa amada ( pode substituir por qualquer objeto da pessoa, se precisar).
Acenda uma vela de cada vez, começando pela que está junto ao primeiro nó, repetindo o Encantamento de Afrodite. Faça a seguinte invocação:

"Pelos poderes do três vezes três, enfeitiço-te, X ( dizer o nome da pessoa),
Invocando para este círculo todas as forças poderosas que não prejudicam ninguém.
Quero que o seu coração seja só meu e que seu amor seja tão maravilhoso como o meu por você. Que você não consiga se conter quando atado pelo círculo inquebrantável dos sete nós."

Pegue a maçã e corte-a ao meio. Guarde o fio do cabelo (ou pertence) da pessoa amada dentro dela e feche-a com com fita, dando sete nós e repetindo o encantamento de Afrodite ( e completando a força do três vezes três).
  Enterre as maçãs e as rosas, jogue o mel em água corrente, deixe as 7 velas queimarem até o fim e guarde a corda como um amuleto. Se desejar desfazer o feitiço, desamarre os sete nós da corda.


Encantamento de Afrodite


"Afrodite, realce os meus encantos como se fossem os teus
para tornar-me o vinho da embriaguez de X ( dizer o nome)
para tornar-me fonte única de cura para sua sede
Que eu possa me tornar o guia do seu coração
E que me seja devolvida a taça, para que ele (a) venha me procurar."   

sábado, 15 de setembro de 2012

Deusa Dana


 " A Mãe celeste,  que dança na espiral das serpentes das estrelas, é a fonte de onde nasceu aquele povo antigo, que trouxe o druidismos a terra da esmeralda, seu nome Dana, significa bailarina brilhante," Cathbad.
  Segundo a lenda, Dana nasceu em uma clã de dançarinos que viviam ao longo do rio Alu. Seu nome foi escolhido por sua avó, Kaila, sacerdotisa da clã.
   Foi ela quem sonhou com uma barca carregando seu povo pelos mares e rios até chegarem em uma ilha, onde deveria construir um templo, para que a paz e a abundância fossem asseguradas. Ao despertar, Danu relatou seu sonho ao conselho e a grande viagem começou então a ser planejada.
    Dana, também conhecida como Danu, é a maior deusa da mitologia celta. Seu nome " Dan " significa conhecimento, tendo sido preservada na mitologia galesa como a deusa Don, enquanto que outras fontes equiparam-na à deusa Anu.
    Na Ibéria, a divindade suprema do panteão celta é considerada a senhora da luz e do fogo. Era ela quem garantia a segurança material,a proteção, e a justiça. Danu ou  Danu também é conhecida por outros nomes: Almha, Becuma, ou Buanann, de acordo com o lugar do seu culto.
  O " Anuário da grande mãe" de Mirella Faur, nos apresenta o dia 31 de março como o dia de celebrar esta deusa da prosperidade e abundância. Conta ainda, que os celtas neste dia, acreditavam que dava muito azar emprestar ou pegar dinheiro emprestado, por prejudicar os influxos da prosperidade. Uma antiga, mas eficaz simpátia, mandava congelar uma moeda, fazendo um encantamento para proteger os ganhos e evitar os gastos.
    Os descendentes de Dana e seu consorte Bilé ( Beli ) eram conhecidos como os Thuatha de Dannan ( povo da deusa Dana ), uma variação nórdica de Diana, que era adorada em bosques de carvalhos sagrados.
   O nome " Dana " é derivado da palavra céltica Dannuia ou Dannia. É significativo que o rio Danúbio leve seu nome, pois foi no vale do Danúbio, que a civilização celta se desenvoleu. A ligação celta com o vale do rio Danúbio também é expressa em seu nome original. " Os filhos de Danu", ou " Os filhos de Don". Dana é irmã de Math e seu filho é Gwydion. Sua filha é Ariarhod, que tem dois filhos, Dylan e Llew. Os dois outros filhos de Dana são Gobannon e Nudd.
  Há várias interpretações do seu nome, sendo que uma delas é " Terra molhada " e a mais poética, " Água do céu".
     Seu símbolo mágico é um bastão. Seu personagem foi cristianizado na figura de santa Ana, mãe da virgem Maria, pois sua existência é proveniente de uma antigs divindade indo-européia. Também é conhecida na India, com o nome de " Ana Purna" e em Roma toma o nome de " Ana Perenna."
 É bem verdade que a associação das deusas à rios e mares não é estranha a tradição celta. A covicção de que o mar e a água deram origem à toda vida, sobrevive em nossos próprios tempos. Mas nossa Danu teve um reflexo oposto, se Danu é representante das forças divinas da luz, então Donmu representa o frio, a escuridão e o medo das profundidades desconhecidas do Oceano. Donmu também é uma mãe, e a fecundadora dos Fomóire, a tribo antiga de adversários que tentaram tomar o controle da lei da ordem dos Thuatha de Dannan , de forma que o Caos pudesse reger a Terra. O nome " Donmu" significa " terra" e é derivado do céltico dubno. O sentido da Etimologia é profundo ou " que estende a abaixo". Até mesmo o nome dos Fomóire significa " debaixo do mar". Estes Fomóire representavam as forças da natureza selvagem, eles são ingovernáveis e anda necessários ao eqüilibrio da vida na Terra.


Ritual para saúde da deusa Dana:



Escolha um local reservado em sua casa, para fazer este ritual, se for ao ar livre melhor ainda. Primeiro você deve arrumar seu altrar-ritual, que pode ser redondo simbolizando a Deusa, quadrado ( simbolizando os quatro elementos) ou relangular, mas fundamentalmente deve conter a representação dos quatro elementos, junto aos respectivos pontos cardeais. Use um incenso, uma vela, um copo com água e um cristal para representar os elementos. Ponha também no altar um amuleto ( pode ser uma pulseira, corrente, chaveiro, etc. ) a ser consagrado para saúde, que deverá ser mergulhado dentro de um óleo (  pode ser essência de sândalos).

Invocação:

" Dana, nossa deusa amada
Cujos cabelos acenam ao vento
Coloridos como sóis brilhantes
Cuja veste se faz oceanos
Mãe divina dos Thuatha de Dannan
e das Terras ocidentais
traga-nos sua alegria
Traga-nos a boa saúde
Desperta em nós a beleza
da natureza que é seu véu."

Neste momento, retire seu amuleto do óleo e passe-o sobre o fogo da vela, a fumaça do incenso e borrife água sobre ele, colocando em seguida, de volta ao recipiente onde se encontrava anteriormente. Deixe-o no altar por três dias. No término deste tempo, lave-o com água corrente e use-o de preferência junto ao corpo.

Moiras


Na mitologia grega, as moiras eram as três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses, quanto dos seres humanos. Eram três mulheres lúgubres, responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos. Durante o trabalho, as moiras fazem uso da roda da fortuna, que é o tear utilizado para se tecer os fios. As voltas da roda posicionam o fio do indivíduo em sua parte mais privilegiada (o topo) ou em sua parte menos desejável (o fundo), explicando assim os períodos de boa ou má sorte de todos. As três deusas decidiam o destino individual dos antigos gregos, e criaram Têmis, Nêmessis e as Erínias. Pertenciam à primeira geração divina (os deuses primordiais), e assim como Nix, eram domadoras de deuses e homens. As moiras eram filhas de Nix.
  Moira, no singular, era inicialmente o destino. Na Ilíada, representava uma lei que pairava sobre deuses e homens, pois nem Zeus estava autorizado a transgredi-la sem interferir na harmonia cósmica. Na Odisséia aparecem as Fiandeiras. O mito grego predominou entre os humanos a tal ponto que os nomes das divindades caíram em desuso. Entre eles eram conhecidas por Parcas, chamadas de Nona, Décima e Morta, que tinham respectivamente as funções de presidir a gestação e o nascimento, o crescimento e desenvolvimento, e o final da vida; a morte; entretanto, era apenas sobre os humanos.
 Os poetas da antigüidade descreviam as moiras como donzelas de aspecto sinistro, de grandes dentes e longas unhas. Nas artes plásticas, ao contrário, aparecem representadas como lindas donzelas. As moiras eram chamadas também de Cloto, em grego significa "fiar", segurava o fuso e tecia o fio da vida. Junto de Ilítia, Ártemis e Hécate. Cloto atuava como deusa dos nascimentos e partos.
Láquesis, em grego, significa "sortear", puxava e enrolava o fio tecido. Láquesis atuava junto com Tique, Pluto e Moros, sorteando o quinhão de atribuições que se ganhava em vida.
Átropos, em grego, significa "afastar", ela cortava o fio da vida. Átropos, juntamente a Tânatos, Queres e Moros determinavam o fim da vida.

Equinócio de Primavera - Ostara

(23 de setembro) Equinócio de Primavera - Ostara


No Equinócio de primavera, os wiccanos comemoram, "Bem-vinda, primavera!". O potencial de Imbolc está começando a transformar-se em realidade à medida que as flores desabrocham, as pessoas plantam as primeiras sementes e a luz sobrepuja a escuridão. O dia e a noite são iguais, assim o equilíbrio é enfatizado.
 De alguma forma, o equinócio de primavera de wicca é como a Páscoa. No lado temporal da páscoa, as pessoas comemoram com ovos e coelhos coloridos de chocolate. Há poucas coisas que você pode ter na mesa, entre outras que simbolizam a fertilidade e a vida nova mais do que ovos e coelhos. No lado religioso, os cristãos comemoram a páscoa como o dia em Jesus conquista a morte e se levanta do túmulo. No Hemisfério norte, o Equinócio de primavera é quando o Sol se levanta sobre o horizonte e a luz vence a escuridão. O deus da wicca entra no auge de seu poder nessa época.
  É comum ter coroas de flores em um círculo do equinócio de primavera de wicca. Isso acontece, em parte, porque elas são bonitas, estão disponíveis e tudo está florescendo à nossa volta. As decorações para um altar sazonal do equinócio de primavera podem incluir flores, ovos, sementes e imagens de coelhos, já que em outros paises a primavera é no dia 21 de março.



Ritual de primavera:


Você vai precisar de:

* Flores de todos os tipos e cores
* caldeirão
* água da fonte ( mineral)
* velas coloridas (3,5,7 ou 9)
* mel
* Incensos de rosas ou jasmim

Faça o círculo mágico. Depois, caminhe dentro do círculo no sentido horário espalhando pétalas de flores ao redor, fazendo a marcação do círculo, enquanto diz:

"O frio se despede, os ventos são perfumados, o sol ilumina as flores.
O mundo está em flor. Eu vós saudo, deuses da primavera."

Pare diante do altar- ritual ( que é montado apenas em rituais) e erga o mel.

"Que as flores venham, que venham os pássaros, que venha a primavera, que tudo seja doce e florido, pois o tempo de frio partiu."

Recoloque o mel sobre o altar. Passe um pouco de mel em seus lábios. Agora, medite sobre o passar das estações e deixe-se tocar pela magia das flores. É o momento de realizar alguma operação mágica, se assim desejar. Este período é indicado para magias que trabalham com ervas. Pode encantar florais, pois ficarão muito mais poderosos. Dance se sentir vontade e quando parar, agradeça as entidades que participaram com você e desfaça o círculo. Nesse momento, você pode servir o banquete. Deve haver alegria no ar, música e muitas flores. Os alimentos podem possuir a forma de flores, tudo ser colorido. Faz parte da tradição servir alimentos a base de sementes de girassol e abóbora e gergelim, assim como brotos, verduras e pratos com flores.    

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Afrodite, a deusa grega do amor


  Afrodite, segundo algumas versões de seu mito, teria nascido perto de Pafos, na ilha de Chipre, motivo pelo qual a chamam de Cipria, especialmente nas obras poeticas de Safo. Seu principal centro de culto era exatamente em Pafos, onde uma deusa do desejo havia sido cultuada desde a Idade do Ferro na forma de Ishtar e Astarte. Outras versões do mito, no entanto, afirmam que a deusa teria nascido próximo à lha de Citeras (atual Kythira) pelo qual também recebia o nome de "Citéria".
 Na versão mais famosa do mito, seu nascimento teria sido consequência de uma castração: Cronos teria cortado os órgãos genitais de Urano (Zeus) e arremessado-os para trás, dentro do mar. A espuma surgida da queda dos genitais na àgua que alguns autores indificam com o esperma do deus morto, teria dado origem à Afrodite, enquanto as Erínias teriam surgido a partir de suas gotas de sangue. Nas palavras de Hesíodo, "O pênis(...) aí muito boiou na superfície, ao redor uma espuma branca ejaculava da carne imortal, dela uma virgem criou-se. Esta virgem tornou-se Afrodite,flutuando sobre as margens sobre uma concha de vieira. Esta imagem de uma Vênus erguendo-se das águas do mar, já totalmente madura foi uma das representações mais icônas de Afrodite, celebrizada por uma pintura muito admirada de Apeles, já perdida, porém descrita na História Natural, de Plinio, o velho.

 Após destronar Cronos, Zeus ficou ressentido, pois tão grande era o poder sedutor de Afrodite que eles e os demais deuses estavam brigando o tempo todo pelos encantos dela, enquanto esta despreza a todos, como se nada fosse.  Como vingança e punição, Zeus obrigou-a casar-se com Hefesto (Segundo Homero, Afrodite amava Hefesto, mas pela falta de atenção, Afrodite começou trai-lo, na intenção dele valorizá-la.) que usou toda a sua perícia para cobri-la com as melhores jóias do mundo, inclusive um cinto mágico do mais fino ouro, entrelaçados com filigranas mágicas. Isso não foi muito sábio de sua parte, uma vez que quando Afrodite usava esse cinto mágico, ninguém conseguia resistir a seus encantos.
 Afrodite teve vários filhos, entre eles: Hermafrodito (com Hermes), Anteros (com Ares), Fobos, Deimos e Harmonia (com Ares), Himineu (com Apolo), Príapo (com Dionísio), Eryx (com Poseidon) e Eneias (com Anquisis).
 Os diversos filhos de Afrodite mostram sobre as mais diversas faces do amor e da paixão humana.
 Afrodite sempre amou a alegria e o glamour, e nunca se satisfez em ser a esposa caseira do trabalhador Hefesto. Afrodite amou e foi amada por muitos deuses e mortais. Dentre seus amantes mortais, os mais famosos, foram Anquises e Adônis, que também era apaixonado por Perséfone, que aliás era sua rival, tanto pela disputa de Adônis, tanto no que se diz respeito à beleza. Vale destacar que a deusa do amor não admitia que nenhuma outra muher tivesse uma beleza comparável à sua, punindo (somente) mortais que se atrevessem comparar a beleza com a sua, ou em certos casos, quem possuísse tal beleza. Exemplos disso é Psiquê e Andrômeda.

Suas festas eram chamadas de Afrodisíacas e eram celebradas por toda a Grécia, especialmente em Atenas e Corinto. Seus símbolos incluem a murta, o golfinho, o pombo, o cisne, a rosa, a romã e a limeira.  Entre os seus protegidos contam-se os marinheiros e os artesãos. Com o passar do tempo, Afrodite passou a ser vista como Frívola e promíscua, devido à sexualidade liberal.  No templo de Corinto, praticava-se "prostituição religiosa" no templo da deusa. O sexo com prostitutas, geralmente escravas, era considerada uma forma de adoração e contato com a deusa.  Um dos amantes de Afrodite foi o próprio Zeus (que horror! O próprio pai) que manteve segredo pois Hera, sua mulher sempre foi muito ciumenta e Zeus temia que ela fizesse algo que acabasse com a beleza de Afrodite.


Oração à  Afrodite


Amada Afrodite, a mais bela das deusas.
Deusa do amor infinito.
Você é a sagrada inspiração.
A mais pura vibração do amor.
Abençoa em primeiro plano a minha relação comigo mesma, curando qualquer dor e ressentimento, mágoa e todo sentimento contrário ao amor que eu sinta  por mim mesma. Com profundo amor e unidade dentro da ordem divina, se assim houver permissão e merecimento de todos os envolvidos, cura a minha relação com todos aqueles que por algum motivo eu estiver em desarmonia e em especial, cura a minha relação com (dizer os nomes das pessoas envolvidas). Toca o coração de todos, trazendo o amor, a paz e a harmonia em todas as relações. Amada deusa, honro a ti e com profundo amor e carinho e alegria levarei teu nome e contarei as tuas bençãos a onde for. Gratidão Afrodite, Gratidão.

domingo, 8 de julho de 2012

Ártemis


"Eu sou a estrela que brilha na escuridão e no crepúsculo.
Eu propicio a vida e dirijo o destino.
Embora eu seja conhecida sob muitos nomes,
a terra inteira me venera.
Eu sou a natureza, a beleza da terra.
Senhora de todos os elementos,
soberana de todas as coisas espirituais,
Rainha do céu e do inferno,
Rainha da morte e da imortalidade,
Eu sou a única manifestação
de todos os deuses e de todas as deusas.
Ouça minhas palavras e sinta o meu ser!
Não se esqueça de onde tu vens 
e para onde tu és chamado!
Tu deves saber que eu estou contigo e em ti,
que sou UNA contigo.
Assim, o espírito deve alcançar o
profundo mistério da vida;
assim, tua natureza divina,
a mais secreta, me envolve no
êxtase do infinito."



 Na Grécia, Ártemis ou Artemisa era deusa ligada inicialmente à vida selvagem e à caça. Durante os períodos arcaico e clássico, era considerada filha de Zeus e de Leto, irmã gêmea de Apolo, mais tarde, associou-se também à luz da lua e à magia. Em Roma, era conhecida como Diana.


O mito:


Ao ficar grávida de Zeus, sua mãe sofreu a ira de Hera, esposa deste. Quando finalmente na ilha de Delos a receberam, Ilítia, filha de Hera e deusa dos partos, estava retida com a mãe no Olimpo. A ninfa Leto esperava gêmeos, e Ártemis, tendo sido a primeira a nascer, revelou os seus dotes de deusa dos nascimentos auxiliando no parto do seu irmão gêmeo, Apolo. Também é conhecida como Cíntia, devido ao seu local de nascimento, o monte Cinto.

Em algumas versões da história de Adônis, que foi uma adição, tardia à mitologia grega no período helenístico, Ártemis enviou um javali para matar Adônis como castigo por sua ostentação arrogante que ele era melhor caçador que ela. Alguns gregos diziam ver Ártemis como uma garota de doze anos andando entre suas ninfas.
  Em outras versões, Ártemis matou Adônis por vingança. Nos mitos, mais tarde, Adônis tinha sido relacionado como um dos favoritos de Vênus ou Afrodite, que foi responsável pela morte de Hipólito, que era o favorito de Ártemis. Portanto, Ártemis matou Adônis para vingar a morte de Hipólito.



Deusa da caça e da serena luz, Ártemis é a mais pura e casta das deusas, e como tal, foi ao longo dos tempos uma fonte inesgotável da inspiração dos artistas. Zeus, seu pai, presenteou-a com arco e flechas de prata, além de uma lira do mesmo material ( seu irmão Apolo ganhou os mesmos presentes, só que de ouro). Todos eram obra de Hefesto, o deus do fogo e das forjas, que era um dos muitos filhos de Zeus, portanto também irmão de Ártemis. Zeus também lhe deu uma corte de ninfas, e fê-la rainha dos bosques. Como a luz prateada da lua, percorre todos os recantos dos prados, montes e vales, sendo representada como uma infatigável caçadora. É representada, vestida de túnica, calçada de coturno, trajando aljava, um arco na mão e um cão ao seu lado. Outras vezes, ela aparece acompanhada de suas ninfas, tendo a fronte ornada de um crescente. Representam-na ainda: ora no banho, ora em atitude de repouso, recostada a um veado, acompanhada de dois cães; ora em um carro tirado por corças, trazendo sempre o seu arco e aljava cheia de flechas.
O absinto ( Ártemisia absinthium l.) era uma das plantas dedicadas à deusa.
O templo de Ártemis em Éfeso foi uma das sete maravilhas do mundo antigo.


Oração para Ártemis:


"Oh, Ártemis! Rainha de toda a vida, dama dos encantos e guardiã das regiões selvagens, escuta meu apelo! Que os teus poderes me auxiliem e me protejam! 
Oh, Ártemis! dama dos lagos, virgem caçadora, faz com que o arco de prata que tu portas projete sobre mim tua luz! Que com tua força, capaz tanto de punir quanto de curar, me acompanhe durante os dias obscuros que surjam! Dá-me a força! Dá-me a liberdade! Concede-me a luz!" 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Nix, a deusa da noite



A deusa grega Nix era a personificação da noite.
Em sua Teogonia, Hesíodo descreve a residência proibida da noite:

"Lá também está a melancólica casa da noite; nuvens pálidas a envolvem na escuridão; antes delas, Atlas se porta, ereto, e sobre sua cabeça, com seus braços incansáveis, sustenta firmente o amplo céu, onde a noite e o dia cruzam um patamar de bronze e então aproximam-se um do outro."

Nix é a patrona das feiticeiras e bruxas, é a deusa dos segredos e mistérios noturnos, rainha dos astros da noite. Nyx era cultuada por bruxas e feitiçeiras, que acreditavam que ela dava fertilidade a terra para brotar ervas encantadas, e também se acreditava que Nyx tinha total controle sobre a vida e morte, tanto dos homens como dos deuses. Homero se refere a Nix com o epíteto "A domadora dos homens e deuses", demonstrando como os outros deuses respeitavam-na e temiam esta poderossíma deidade.
         Nix, assim como Hades, possuía um capuz que a tornava invisível a todos, assistindo assim ao Universo sem ser notada.
         Foi Nix quem colocou Hélios entre seus filhos ( Hemera, Éter e Hespérides), quando os outros titãs tentaram assassiná-lo. Zeus tem um enorme respeito e temível pavor da noite, Nix. Os filhos de Nyx ou Nix são a Hierarquia em poder para os deuses, sua maioria são divindades que habitam o mundo subterrâneo e representam forças indomáveis e que nenhum outro deus poderia conter. Em uma versão, as Erínias seriam filhas de Nix (Ésquilo).
          Nix aparece ora como uma deusa benéfica que simboliza a beleza da noite (semelhante a Leto) e ora como uma cruel deidade Tartárea, que profere maldições e castiga com o terror noturno (Hécate e Astéria). Nyx é também uma deusa da morte, a primeira rainha do mundo das trevas. Nix também tinha dons proféticos, e foi ela quem criou a arma que Gaia entregou a Cronos para destronar Urano. Nix conhecia o segredo da imortalidade dos deuses podendo tirá-la e transformar um deus em mortal, como ela fez com Cronos, após este ser destronado por Zeus.
         Algumas vezes, a exemplo de Hades, cujo nome evitava-se de pronunciar, dão a Nyx nomes gregos de Eufone e Eulalia, isto é, Mãe do bom conselho.

Nix desposou Érebo, seu irmão, de quem teve o Éter (luz celestial) e Hemera (dia). Mas sozinha, sem se unir a nenhuma outra entidade, procriara o inevitável e infexível Moros (o destino), as Queres (morte em batalha), os gêmeos Tânatos (morte) e Hipnos (o sono), Oniro (a legião dos sonhos), Momos (escárnio), Oizus (miséria), as Hepérides (guardadoras dos pomos de ouro), as desapiedadas Moiras (deusas ou fadas do destino), Nêmesis (deusa da retribuição), Apate (engano,fraude), Filotes (amizade), Geras (velhice), Éris (discórdia), Limos (a fome), Ftone (inveja), Ênio (Belona, da carnificina), Lissa (a loucura) e Caronte (o barqueiro do mundo dos mortos).

Em resumo, tudo quanto havia de doloroso na vida passava por ser obra de Nix, a maior parte dos outros descendentes da deusa nada mais são que conceitos e personificações.
Hemera e as Hespérides para ajudar nix a não se cansar, assim nasceu o ciclo diário, Hemera traz o dia; as Hespérides trazem a tarde e Nix traz a absoluta noite, todas estas deidades em conjunto conduzem a "a dança das horas" que representam ciclos mensais e anuais, Leto e Hécate que recebem o legado de Nix como deidade da noite. As Moiras filhas de Nix ( Cloto, Laquesis e Átropos), são outra continuidade dos poderes gigantescos de Nix do negro véu.



Representações:



Quase todos os povos da Itália viram Nix ora com um manto volante reclamado de estrelas por cima de sua cabeça e archote derrubado, ora representavam-na como uma mulher nua, com longas asas de morcego e um fanal na mão. Representavam-na também coroada de papoulas e envolta num grande manto negro, estrelado.
          Na mitologia grega a papoula era relacionada a Hipnos, que a tinha como planta favorita, e por isso, era representado com os frutos dessa planta na mão. Frequentemente, ela é representada coroada de papoulas e envolta num grande manto negro e estrelado. Às vezes, num carro arrastado por cavalos negros ou por dois mochos, e a deusa cobre a cabeça com um vasto véu semeado de estrelas e com uma lua minguante na testa ou como brincos.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Hécate, deusa das bruxas


Oração à Hécate


"Hécate eu sou
Hécate eu sou, Mãe negra, a anciã.
Meu rosto é enrugado como uma pedra idosa.
Meus olhos são pretos como o breu,
Meus cabelos brancos como a neve.
Eu sou a noite escura sem lua.
Eu guio pelo lugar da caçada selvagem com meu poder negro pelo inverno à meia-noite.
 Meu reino começa na noite do Samhain e dura até o dia da luz de  Imbolc.
Para as bruxas, eu sou a rainha divina, sua líder pelos séculos. Eu as ensino o poder mágico extremamente forte. Eu as ensino a diferenciar o certo do errado. Mas se elas fazem o que é errado, minha fúria, as farão pagar por isso e minha vingança  fará com que seus destinos na Terra fiquem marcados. Porque eu sou a Justiça, eu sou a Morte, eu sou a Vingança, Lua Negra. Eu sou a sabedoria e o amor e a condenação do mal. Eu guardo todas as encruzilhadas de todos os lugares. Quem viaja com o mal deve tomar cuidado! Eu tiro-lhes a alma e faço com que fiquem insanos para que nunca mais tenham a sorte de cruzar meu caminho novamente. Eu sou terrível, gentil e implacável. O que você vê em mim, é você mesmo. 
  Quando sua hora chegar, eu o chamarei para junto de mim para passar pelo lugar da caçada selvagem até seu renascimento. Então venha, minha filha bruxa. Siga meu caminho do poder mágico, não tenha medo de minha fúria. Se você tiver coragem, será minha sacerdotisa. A escolha é sua, o que você escolher, acontecerá."

Imagem de Pixabay




Hécate é uma deusas greco-romanas simultaneamente mais temida e admirada.
Hécate é uma deusa lunar, um pouco a imagem da temida Lilith. Como todas as deusas lunares, Hécate encontra-se profundamente ligada ao mundo da magia, do oculto, da bruxaria, dos mais profundos segredos. Hécate é a deusa das bruxas, e simultaneamente a deusa que vem a este mundo recolher as almas para as conduzir ao abismo do mundo dos mortos. Trata-se por isso, de uma deusa a que cabe um papel privilegiado na "ponte" entre o mundo dos vivos e dos mortos, entre o nosso mundo físico e o mundo dos espíritos.
 Hécate é uma deusa das encruzilhadas, onde lhes eram dedicadas oferendas e sacrifícios: bodes negros, cães negros ou gatos negros eram-lhe oferendados no decurso de rituais de adoração, ou de feitiçarias. Hécate pode incorporar numa lindissíma mulher de longos cabelos negros, e pode ser uma amante incomparável. Contudo a sua fúria e o seu poder são temíveis, e perante Hécate todo o respeito é pouco para garantir a sua ajuda. Dizem as lendas que Hécate também podia assumir a forma de um majestoso lobo negro, ou de um belo cão negro.
   As estatuetas existentes nas encruzilhadas onde Hécate era venerada e as bruxarias eram executadas, chamavam-se Hecateias, e constavam na figura de uma lindissíma mulher com três faces, ou três belos corpos femininos unidos num só.
   Hécate permite a operação de tarefas misticas essencialmente através de processo de meditação. Através desse processo, no silêncio de uma meditação e através dos nossos sentidos, pensamentos e forças espirituais, é que Hécate reside e abre portas ao mundo mágico.

Na mitologia, Hécate era filha dos Titãs Perses e Asterias e acreditava-se que vagava nas noites sem luas com uma matilha de cães fantasmágoricos e uivantes. Embora os cães fossem os animais mais sagrados pra ela, Hécate estava associada às lebres na Antiga Grécia, como a sua equivalente germânica, a deusa lunar Harek. Para os antigos chineses, a lebre era tida como um animal de augúrio e dizia-se que vivia na lua.
   Na arte, Hécate é muitas vezes representada como uma mulher com três cabeças, com serpentes sibilantes entrelaçadas em seu pescoço. Por essa razão,ela é chamada de triforme-símbolo que pode estar ligado aos três niveis Nascimento, Vida e Morte (representando o Passado, o Presente e o Futuro e à trindade da deusa tripla: Virgem, Mãe e Anciã). Todos os rituais realizados em sua honra devem ser feitos:
- À meia-noite,
- Em noites sem lua,
- Ou ao nascer da lua do dia 13 de agosto, o principal festival pagão de Hécate.
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